SUA ORIGEM E HISTÓRIA DE SUA VIDA
O Cigano Sandro é de origem Sul-Americana viajou muito pelo mundo, principalmente pela América do Sul, onde encontrando-se com irmãos de raça Kalon como ele, brilhou como grande artista que foi. Sandro é de temperamento bem latino, é caliente, intenso, passional, desde a sua personificação ao seu vocabulário, tudo o pode rotular como latino. Este Cigano foi um grande bailarino, e viveu muito á noite. Disse-me ele que em sua última passagem pela terra, passou em Córdoba (Argentina), onde já era quase sedentarizado, morava em um teatro/bar, onde fazias suas apresentações diariamente. Ele muito bonito e encantador, e muito assediado pelas mulheres em geral.
Foi numa tarde de sol que adentrou no teatro, o grande amor de sua vida. Esta moça era uma gadjí com alma cigana, grande dançarina, bailava o tango com uma passionalidade impressionante. E foi trabalhar com ele, Sandro como era, logo se apaixonou, o que ela não acreditou, pois ele já havia namorado algumas mulheres, e quem havia se ferido havia sido elas. Sandro fazia de tudo para que ela acredita-se nele, desde palavras meigas, presentes, promessas, mais ela era irredutível. Um dia à noite foi ao show dos dois, um senhor muito rico. E se apaixonou por ela de verdade. Ela logo notou que ele passou a ir todas as noites, e deixou se envolver. Sandro começou a se desesperar ao ver sua amada cada vez mais longe, até que ela se casou e deixou a arte.
Ele era (é) astrólogo e procurava nos mapas que havia feito, um erro qualquer e nada achava. Os mapas eram perfeitos, ele então passou a beber de fraqueza e desgosto, cada dia mais, primeiro somente à noite, depois, de dia e por fim a qualquer hora. Já estava no “fundo do poço” quando ela ressurgiu, o casamento não havia dado certo, havia descoberto que o amava. Ele fez o impossível e parou de beber, mais a sua saúde já estava por demais debilitada, ele ficou ao lado dela, mais logo sentiu que era um fardo pesado para a sua amada, do homem elegante e deslumbrante, não tinha mais nada, só um velho alquebrado e sem chances e possibilidades de trabalho. Voltou então para Mendoza onde tinha velhos amigos que muito o amavam. Mais sem vê-la, não conseguia mais viver sem bebida e caiu de novo. Passou a viver definitivamente na noite, negociando bijuterias de má qualidade, dando conselhos às lumiascas, viciados, rufiões, jogando cartas de um velho baralho que sua mãe havia lhe dado, e bebendo muito, por fim acabou de desgosto de amor, de desgosto consigo mesmo, de desgosto com a vida, morreu num dia chuvoso e sem vida. Foi ao encontro dos seus numa viela de Mendoza e enterrado por seus pares da noite que tinham nele o único amigo, que os escutava e aconselhava. Assim viveu e morreu Sandro, o grande bailarino e astrólogo. Morreu de amor, diz ele, pranteado por muitos, agora nos aconselha do astral, sem permitir que seus protegidos bebam álcool. Sandro atrai pessoas que vivem à noite, dá conselhos, não critica, e todos saem muito aliviados depois de falar com ele, os seus cálculos precisos fazem que com muito discernimento a decisão acertada seja tomada. Quem fala com Sandro não esquece jamais.
UMA LENDA DE SANDRO
Uma pessoa que receba Sandro (na aura) é difícil, pensava não conseguir uma “entrevista com ele” e fiquei a procura. Um dia viajando, passando por Curitiba/PR, saí para lanchar na Rua 24 Horas, era noite, e eu passava por problemas, estando com aparência triste, um senhor parou e começou a dançar e a sorrir para mim, na hora compreendi: Era Sandro. Logo veio uma senhora e me deu um cartão da Ofisa, no outro dia fui até lá e tomei um longo chá com ele.
Sandro conversa tomando chá gelado em taças de cristal verde, diz ele que quando nasceu já havia sido predestinado a amar à noite, desde criança, nos bródios, ele conversava “como gente grande”, dançava e era muito requisitado, por isso em sua vida adulta já estava ambientado assim. Conta Sandro que quando um grupo de Zíngaros chegavam à Córdoba, era uma festa, onde ele dançava e cantava.
Uma vez uma Gitana ficou muito encantada por ele, ele brincava, ora dizendo que a queria, ora dizendo que não era de ninguém. Ela era filha de uma importante Shuvani que lhe deu um grande aviso: Se não a queres, desencante, para que ambos possam ser felizes. Ele não ouvia, adorava anoitecer e amanhecer no jogo de sedução. Ela por desespero de amor, um dia atacou-o de punhal.
Ele se machucou e se assustou, mais não mudou. Esta cigana disse: Vou deixar-te sossegado, mais nunca mais poderás ser feliz no amor, a dor que sinto, tu também sentirás, só que de forma mais intensa. Ele perambulou pela noite pensativo. Naquele dia fez muitos mapas que apontavam uma modificação grande quando chegasse aos seus 37 anos. Pensou estar errado, rasgou o mapa, mais a predição e a praga nunca mais foi esquecida por ele. Quando conheceu a mulher de sua vida, e foi rejeitado, pensou na gitana que fizestes sofrer. Foi até sua Bába para conversar, ela retirou uma lâmina e disse: Estás predestinado, cuidado com a noite, está será a tua perdição.
Ele ao passar dos tempos e com tudo que viveu pode compreender melhor. Na noite estava tudo que amava, tudo que o desvirtuava, a e também a mulher que realmente amou. Por isso ouve pessoas sem restrições nem cobranças, pois aprendeu que todo mundo tem um ponto fraco. Ouve principalmente os artistas da noite, a quem dá conselhos e carinho como ninguém. Seu Ditado Favorito é: Quem entra na chuva é para se molhar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário