domingo, 16 de março de 2014

Rosa dos Ventos

Rosa dos Ventos é muito conhecida como Pomba-Gira Cigana, na linha do oriente, bem incorporada, chega sempre alegre e sorrindo, costuma sempre se vestir Blusa Vermelha com Rendas preta ou Babados e sua saia Preta bem rodada com babados e bolso na frente onde guarda o seu baralho, e seu perfume. Tem com ela um leque com renda dourada nas bordas.

A cigana Rosa dos Ventos, como muita gente sabe… foi aquela cigana que habitava em Paris na época medieval. Por onde passava deixava olhos espertos por sua beleza, Sorrisos nos lábios por sua simpatia e corações batendo descompassados e muitos suspiros.

Rosa dos Ventos é uma entidade que vem na qualidade de Oxum e Yemanjá, é uma entidade rara, e sempre vem em médio mulher.

Era muito graciosa e carismática por isso conseguia com que todos daquela cidade gostassem muito dela, pois trazia também o dom da adivinhação e a clarievidencia com isso estava sempre rodeada de pessoas, "principalmente homens". Era filha de Família Humilde, com muitos irmãos, as mulheres ela logo desenvolvia o dom da clarevidência, pois as acompanhavam nas ruas para ganhar dinheiro jogando baralho de adivinhação para o povo. Os homens cada um era ensinados para ter uma profissão. Nasceu e foi criada no mesmo país, mas sempre mudando de cidade. Vaidosa, gosta de jóias douradas (ouro) ou bijuteria, perfumes da melhor qualidade, champaign doce, e bebida de Anis, Cigarro feminino (longo de filtro branco).

Os médios que a tem geralmente tem o dom da adivinhação, ou de nascença ou por desenvolver com o tempo esse dom.

Quando ela se apresenta em médium que esta em fase de desenvolvimento, logo gosta de riscar seu ponto, porque trabalha muito com ponto de fogo e sendo assim precisa de seu ponto, trabalha muito com fase de lua e dia de numero impar, quando é preciso banho de ervas usa somente ervas cheirosa (doce).

Todas as pessoas que com ela faz trabalhos são bem sucedidas, principalmente com relação ao Amor.

Ao contrario das pomba-giras não trabalha em cimiterio, a maior força dos seus trabalhos estão nas luas cheia e crecente em dias que sejam números impar, melhores dias da semana segunda e sexta-feira.

Rosa dos Ventos gosta de cuidar de casos Amorosos e os faz para quem agradar com jóias ou bebida. No reino dos ciganos ela é Rainha ,nos acampamentos sempre o que se arruma primeiro é o lugar dela (seu trono). Geralmente para trabalhar traz com ela Exu Gira Mundo, Exu Tata Caveira, Exu 7 Punhal, Exu do Lodo, Exu Tiriri, Exu das Encruzilhadas.

Essa é a historia que conheço dessa entidade (Rosa dos Ventos). Trabalho com ela a mais de 30 anos e desconheço outra história ou lenda que possa dizer ao contrario.

Texto: Mãe Beth

sábado, 8 de março de 2014

Rosa cigana

A noite clara, vinho, fita e seda
A labareda alta, ouro e flor
O violino, palmas, lua cheia
A saia, renda, lenço, incenso, ardor
Roda morena em torno da fogueira
A vida inteira gira em prata e cor
Rosa cigana, vira volta e meia
Mas à espreita, observa o amor
E o rapaz, de olhos fogo e desejo
Tomou cigana rosa pela mão
De dança em dança pôs seu corpo em brasa
Queimou pra sempre o seu coração


- Alvorada
Já é hora de ir embora, outro chão
Sou da estrada
Conta à lenda, reza a tradição
Sem morada
Essa vida é despedida, viração
Caminhada
Rumo ao nada, rumo à imensidão
Chora essa terra a sorte da cigana
Que deixa o sonho, deixa o seu amor
Desmancha a tenda, segue a caravana
Pro mundo afora sangra a rosa flor
- Ó Santa Sara que venceste os mares
Ó Santa Sara que venceste a dor
Me guia, Sara, não me desampares
Me ensina como que se vence o amor


  • Poema de Rafael Altério e Cristina Saraiva

Ramirez, O Guardião

No momento em que o sol se esconder e a lua brilhar,
Ramirez, O Guardião da minha tenda vem das alturas
emanar energia para sua essência revelar.

Quando esse Cigano chega violinos e pandeiro calam,
já que magia de Ramirez é altiva,
e faz todo o seu povo silenciar.

Para suas honrarias, perfume de madeira,
incensos de cravo e de ervas,
velas coloridas e rosas brancas jamais podem faltar.

Ele monta em seu cavalo branco,
viaja pelas veredas cintilantes da alma,
alcança lugares que ninguém ousa entrar.
Ramirez é cavaleiro dos rumos e dos movimentos,
ele mostra às estradas certas a quem por ele chamar.

Salve O Guardião da minha tenda
Salve a sua coragem e bravura
Que não deixa quem é do contra chegar!
  • Valéria Fernandes
Desconheço autoria da gravura.

Magia de Cigana

Já é tradicional na cultura cigana ofertar lenços e mantos à Santa Sara Kali em agradecimento a uma graça alcançada quando por intermédio dela, entretanto, há entidades ciganas que, ao serem solicitadas para um favor dos que estão na Terra, adoram receber lenços e xales, desde que não sejam aqueles que são destinados à sua padroeira, pois para as ciganas, Santa Sara está sempre em primeiro plano.

10 dicas
- Cigana Carmem – lenço ou xale vermelho.
- Cigana Nazira - lenço amarelo ouro.
- Cigana Sandra Rosa Madalena – lenço ou xale lilás com dourado.
- Cigana Maria Dolores – lenço amarelo ou xale colorido.
- Cigana Thaís – lenço amarelo com estampa floral ou xale dourado.
- Cigana Damira – lenço azul com detalhes prata.
- Cigana Esmeralda – lenço vermelho, verde, estampado ou xale de cor vibrante.
- Cigana Sulamita – lenço vermelho ou xale mesclado com flores amarelas.
- Cigana Melissa – lenço ou xale laranja.
- Cigana Lemiza – lenço colorido ou xales rosa e azul-turquesa.
Fica a critério de quem vai presentear os detalhes dos lenços e xales, se estes são com moedas, miçangas, rendados, acetinados, bordados ou com pedrarias. É importante lembrar que a nenhuma das ciganas citadas deve se fazer oferendas em Lua Minguante, somente se o caso for para “minguar algo” que esteja fazendo mal para alguém. Parecendo ou não, é uma magia cigana!
Valéria Fernandes

Cigana Samara

Muito bem retratada por Maria do Carmo da Hora, Samara é uma cigana ruiva, que faz jus a sua beleza flamejante por somente praticar magias com o Elemento Fogo e seus elementais: As Salamandras.
Para Samara o Fogo é sagrado, tal como o Sol que aquece a Terra. Através de velas, de fogueiras ou mesmo da brasa ardente que está sob seu domínio, esta cigana transmuta energias, concede força e luminosidade para aqueles que se dignam a trabalhar com ela ou precisam de seu auxílio. Portanto, quando o assunto que Samara vai intervir refere-se ao Calor e a Luz (ímpeto, criação, sexualidade, vivacidade, iniciativa, intuição entre outros), ela o faz com louvor.

É uma cigana simples, sem muitas exigências, porém enigmática. Pela idade com que passou para o plano astral é considerada bastante sábia, uma cigana com muita luz interior. Em suas combustões se vale de folhas, flores e frutos. Dificilmente usa oráculos para aconselhar alguém, posto encontrar as respostas que precisa nas chamas e labaredas. Trabalha com velas vermelhas, laranjas e amarelas. Gosta de mantas e saias feitas com retalhos coloridos, adornos dourados e acobreados, e perfume com essência de almíscar.

Para chamá-la basta que se acenda uma vela vermelha, faça-lhe uma oração e deixe um incenso queimando até sua calorosa chegada.
  • Valéria Fernandes
Pintura Cigana de Maria do Carmo da Hora

Uma Oração para à Vida Cigana... E as demais!

Que jamais, em tempo algum, o teu coração acalante ódio. Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior.Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro. Que as perdas do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida. Que a música seja tua companheira de momentos secretos contigo mesmo. Que os teus momentos de amor contenham a magia de tua alma eterna em cada beijo. Que os teus olhos sejam dois sóis olhando a luz da vida em cada amanhecer. Que cada dia seja um novo recomeço, onde tua alma dance na luz. Que em cada passo teu fiquem marcas luminosas de tua passagem em cada coração. Que em cada amigo o teu coração faça festa, que celebre o canto da amizade profunda que liga as almas afins. Que em teus momentos de solidão e cansaço, esteja sempre presente em teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma, quando a alma é grande e generosa.

Que o teu coração voe contente nas asas da espiritualidade consciente, para que tu percebas a ternura invisível, tocando o centro do teu ser eterno. Que um suave acalanto te acompanhe, na terra ou no espaço, e por onde quer que o imanente invisível leve o teu viver. Que o teu coração sinta a presença secreta do inefável! Que os teus pensamentos e os teus amores, o teu viver e atua passagem pela vida, sejam sempre abençoados por aquele amor que ama sem nome. Aquele amor que não se explica, só se sente. Que esse amor seja o teu acalanto secreto Viajando eternamente no centro do teu ser. Que este amor transforme os teus dramas em luz, a tua tristeza em celebração, e os teus passos cansados em alegres passos de dança renovadora. Que jamais, em tempo algum, tu esqueças da Presença que está em ti e em todos os seres. Que o teu viver seja pleno de Paz e Luz!

Cigana Conchita

De acordo com Ana da Cigana Natasha, a Cigana Conchita é espanhola, nascida na Galícia e se orgulha de sua terra natal. É um espírito cigano que se apresenta sempre de saia estampada, blusa vermelha, cabelos em trança adornados por uma rosa vermelha. Faz uso de muitos colares, sendo que um é especial, o que tem um pingente de topázio. Sua pele alva contrasta com seus cabelos negros. Em sua retratação tem postura e olhar ríspido, porém a autora afirma que Conchita é meiga e carinhosa. Ao escrever este pequeno texto, senti a vibração de Conchita, que é um misto de inquietude e de autoritarismo. Não parece ser jovem, estar mais para matriarca que sente prazer em passar sua experiência aos que precisam de aprendizado. É bastante solícita e cobra disciplina aos que estão sob seus cuidados.

De que eu tenha conhecimento, esta cigana além ler cartas, faz leitura de mãos e de patacas (moedas). Concordo que ela fabrique seu perfume, pois tem conhecimento para tal, mas não estou certa de que faz magia somente com flores como afirma Ana. Em sua magia há pedras, muitas pedras que são espalhadas em círculo.

Como toda mulher cigana, tem prazer em usar brincos vistosos, colares diversos, pulseiras e anéis à vontade. Toca castanholas, pandeiro e adora ouvir o som dos instrumentos tocados pelos ciganos de seu clã. Não gosta de intimidade com não-ciganos e é ótima conselheira espiritual.

  • Valéria Fernandes

sexta-feira, 7 de março de 2014

Cigana Maria Dolores por Rossilene Nascimento



- Aceita ser chamada de Maria Dolores somente por pessoa hierarquicamente superior a ela; sua preferência é que a chamem de Dolores.
- Adora a cor amarela. Usa xale com franjas e um punhal.
- Sua bebida preferida é champanhe rosada. Usa uma taça grande no qual corta frutas vermelhas em pedaços e despeja a bebida por cima.
- Gosta de dançar, de requinte e de almofadas.
-Trabalha muito com frutas, fitas, moedas e na maioria das vezes com união de casais, e também com problemas relacionados à crianças.
- Não suporta quando alguém pede algo relacionado ao aborto.


- Pela vibração, percebe que a entidade tenha desencarnado em torno de seus trinta e poucos anos.
- Pela vibração e comentários de pessoas que dizem vê-la, trata-se de uma mulher que não seja morena e que nem possui os cabelos totalmente negros.
- É devota de Santa Sara Kali, fala muito em Deus e no povo cigano.
- Não se comporta como uma Pomba-Gira, e sim como uma verdadeira cigana.
- Tem certo prazer ao ver um homem sofrendo pelo amor de uma mulher, mas o ajuda quando percebe que há compatibilidade para isso.
- Quanto ao anel, continua o mistério. Uma senhora deu de presente à Dolores enquanto Rossilene estava incorporada. Colocou em sua mão esquerda e enviou um recado à médium que não saísse de casa sem ele. Ela continua a usar o anel, que é dourado com pedra vermelha.





Valéria Fernandes

Pintura de Maria do Carmo da Hora 

Cigana Lemiza

Pelo que pude observar, existem controvérsias sobre os gostos e as preferências da Cigana Lemiza durante sua passagem terrena. Entretanto, fica clara a sua predileção por anéis, brincos, colorares pulseiras e braceletes dourados; todos com pedrarias em cores diversas, exceto preta. Até em suas roupas o reluzir das pedras era bem-vindo. Além de ler as mãos de quem a procuravam, foi uma exímia cartomante, e para onde fosse, carregava seu baralho em um saquinho preso à saia.
Muito respeitada em seu clã, fazia magias para o amor por meio de um pó desenvolvido por ela, o qual usava em seus rituais que geralmente eram feitos em pleno bailado, ao redor de uma fogueira. Também dominava perfeitamente os encantamentos feitos em mares e cachoeiras para abrir os caminhos na prosperidade material e limpar as energias negativas de seus protegidos.
A Cigana Lemiza tinha pela clara, cabelos castanhos ondulados e olhos azuis. E por ter sido uma mulher bastante vaidosa, gosta de ser agradada pelas pessoas que hoje pedem sua ajuda com pó de arroz, batom, perfume de jasmim, lenços, xales e flores do campo. Não foi feliz em sua vida amorosa devido ter ficado viúva muito cedo, carregando consigo tristes traços de amargura, mas sem deixar de ser complacente com aquelas que buscam viver um grande amor. Envia recados diretos sobre os homens, sem rodeio algum; por este motivo, quem a solicitar, deve estar preparada para ouvir verdades, mesmo que estas possam doer.
Valéria Fernandes

A história da Cigana Florisbela

No dia 22 de julho de 1887 os ciganos Nicolas e Sulamita se uniram em matrimônio. Dez meses após o casamento nasceu a primeira filha do casal que recebeu o nome de Dandara. Nicolas que já era pai da Florisbela - fruto de seu primeiro casamento - desejava muito uma criança do sexo masculino para coroar seus laços com Sulamita, não demorou muito nasceu Diogo, formando uma nova família que Nicolas tanto sonhara.
Com o passar dos anos, a Cigana Florisbela sentiu-se preterida pelo pai e por toda sua nova família; morava com mãe em um outro clã, e Nicolas sequer lhe fazia uma visita. A ciganinha teve uma infância triste, se negando a interagir com as outras crianças dos lugares por onde passava. Uma das poucas coisas que lhe dava alegria era sentar-se à beira de rios e de cachoeiras para admirar as cartas de um velho baralho que sua avó materna lhe dera. Durante muito tempo à jovenzinha se negou a seguir os costumes de seus ancestrais, e nem mesmo a vaidade comum de seu povo fazia com que esta pequena cigana florescesse para uma vida mais feliz. Quando Florisbela completou 13 anos, Florinda, sua zelosa mãe, percebendo que a filha tinha o dom da vidência e se recusava a desenvolvê-lo, decidiu então dar a ela uma bola de cristal; fato que na época mudou a vida da jovem cigana.

Movida pela curiosidade de saber sobre seu pai, a Cigana Florisbela dedicou seus dias a tentar bisbilhotar Nicolas por meio de seu sagrado instrumento de predição, no entanto, nada conseguiu. Certa noite, quando já tinha 16 anos, sentiu um vento forte invadir a sua tenda e foi sacudida por um calafrio que percorrera todo o seu corpo; imediatamente pegou a bola de cristal e sem demora, a visão que tanto almeja lhe pregou uma peça; era seu pai, porém pálido e abatido, deitado sobre almofadas coloridas. Florisbela caiu em prantos e ali mesmo presenciou a morte física de seu genitor. Florinda ao ver a agonia da filha, a socorreu de imediato acalentado o triste coração de sua menina.

Passado o impacto da “viagem” de Nicolas, a Cigana Florisbela prometeu a mãe que a partir daquela data não fugiria mais das tradições, que dirá do seu bem traçado destino. Aos poucos, a bela cigana foi fazendo fama pelas redondezas e se tornou uma das melhores cartomantes e clarividentes de seu clã, assistida pelo iluminado espírito de seu pai.
Valéria Fernandes

Cigana Nazira

Suas roupas são coloridas, mas o amarelo-ouro tem que predominar. Em suas magias ela usa o quartzo de citrino, seu cristal preferido. Suas rosas e fitas são sempre amarelas, nunca vermelhas, porque esta cigana não usa a cor vermelha. Na cabeça, ela leva uma tiara de flores amarela.
Nazira não usa baralho comum nem baralho cigano em seus jogos; suas cartas têm símbolos próprios.

Suas oferendas são colocadas em campo verdejante. Nazira não aceita oferendas na praia, porque a água salgada corta suas energias. Ela diz que a água salgada é sagrada para todos, mas o mar é pra descarregar.

Quem tem essa cigana na aura joga cartas e manuseia cristais para a cura.

Oferendas para a cigana Nazira devem ser colocadas até as 10 horas da manhã, porque este é o período em que o dia está na força da Lua; mas nunca devem ser feitas em Lua Minguante.

Do livro: Como descobrir e cuidar dos ciganos dos seus caminhos - De Ana da Cigana Natasha

Cigana Madalena

É protetora das pessoas que têm problemas em relação ao sexo e precisam mudar quanto a isso: pessoas que são tímidas, que não conseguem se soltar, que têm medo do sexo etc. Esta cigana não tem preconceitos, e recorrem a ela pessoas com problemas que nem imaginamos.

Ela é de origem árabe e viajou por todo o Oriente Médio e Índia. Foi muito reprimida e tem grande amor e paciência para orientar os que dela precisam. Suas magias são de fundamentos árabes e indianos, são poderosas as magias que ela faz quando está na aura de seus protegidos, quase todos destas duas linhas. Cigana linda, gosta de dançar e se soltar, encantando a todos, sempre disposta a ajudar com seus poderes mágicos de buena-dicha, resolvendo todos os problemas em que Deus permitir que ela interfira; ela faz o que considera melhor para a pessoa e não necessariamente o que a pessoa pediu. Madalena enxerga longe. É grande fazedora de vinhos e poções de amor, gosta muito de fazer magia com pão árabe recheado com pasta de carne apimentada e pétalas de rosas. Faz sua reza para deixar no pão a sua força e faz os amantes comerem juntos, abrindo as energias de ambos para fazerem com muito amor um sexo gostoso e ardente. Nas festas ciganas o pão encantado de Madalena é disputado por todos devido aos seus poderes.

Texto do livro Segredos da Magia Cigana - De Ramona Torres

Pintura Cigana de Rita Andrade

Cigana Sarita Espanhola

-Existem muitas ciganas no plano espiritual de nome Sarita, mas de que eu tenha conhecimento de sua vida terrena, a que tem origem espanhola e emigrou para América do Sul com todo o seu clã, se destaca entre as demais.
Desde pequena, enquanto aprendia a ler a sorte através das cartas e das mãos, Sarita se interessava em fazer talismãs de bons fluidos com intuito de ajudar não só seu povo, mas também os não-ciganos que rondavam os acampamento por onde passava. Para confeccionar seus patuás, a jovem dependia da sabedoria dos mais velhos, pois alguns deles precisavam de ingredientes que, pela idade Sarita ainda não tinha domínio, como plantas, ervas e cascas de frutas. Todo o grupo incentivava e ajudava a ciganinha a desenvolver seus talentos, subsidiando-a com orientação e prática. Os homens confeccionavam moedas sem valor financeiro e com desenhos que ela lhes pedia, bem como davam forma às pedras que ela escolhia; as mulheres tratavam de ensiná-la mais cedo os segredos e o modo de como manipular os mais variados elementos da natureza para compor um bom amuleto. Com o passar do tempo Sarita aperfeiçoou seus dons e agregou outros, tornando-se uma mulher independente, admirada e doadora de amor por meio de suas magias.

Sarita foi uma cigana extremamente sedutora e vaidosa, gostava de se perfumar e se enfeitar para transitar pelo acampamento; bem vestida, dançava para o Sol e para a Lua. Casou com um cigano para quem ela havia feito um talismã para ter sorte no amor, o único que distribuiu durante anos igual ao dela.

Quando chega na Terra o espírito de Sarita não faz grandes exigências; dança, cantarola e fala alegremente para saudar quem por ele chamou; pede uma oração. No desempenho de suas funções faz leitura de mãos, cruza os baralhos de seus protegidos e ensina a fazer talismã para atrair e manter o amor. Trabalha com velas da cor do arco-íris, no entanto recebe oferendas com velas amarelas, de preferência aromatizadas de jasmim. Gosta de lenços, xales, adornos nos cabelos e saia rodada. Os anéis, colares e pulseira também devem ser usados para agradar seu jeito de cigana faceira.
  • Valéria Fernandes

Pintura Cigana de Maria do Carmo da Hora

Encantamentos e Feitiços Ciganos para o Amor


Para que o amor venha depressa

Quando duas pessoas que se amam estão distantes por força das circunstâncias, deve-se fazer o seguinte feitiço: pegue metade de uma casca de noz e faça, cuidadosamente, um pequeno furinho em sua borda. Prenda neste buraquinho uma linha vermelha com um nó. Encha de água uma tigela e deixe que a casca de noz flutue nela. Sustente a linha pela ponta e enrole-a no dedo indicador, puxando-a em movimento suave e firme, no sentido horário. Coloque o dedo indicador dentro d'água. Permita, que, a cada volta que a casca de noz dê, a linha vá se enrolando cada vez mais em seu dedo. Vá dizendo o seguinte, até que toda a linha esteja pesa ao seu dedo:
Venha a mim, por terra e mar.
Fique de novo ao meu lado.
Por amor de Gana, faço agora este pedido,
Para que possamos ser felizes, juntos, eu e Fulano(a).
Junte a casca de noz e a linha, sem enrolar uma na outra, e enterre diante de sua casa (pode ser em um vaso), envolvida por duas conchas.

Atar um laço de amor

Pegue um pedaço de fita vermelha, que tenha aproximadamente o mesmo comprimento do pênis de seu parceiro, quando está ereto. Como achará essa medida, é uma questão que você deverá resolver sozinha. Ponha a fita debaixo de seu travesseiro, ou amarre-a aos cabelos para tê-la à mão quando fizer amor. Depois que o seu parceiro estiver dormindo, pegue a fita e faça com ela sete nós. Cada um dos nós representa um dia da semana. Durante todo o tempo em que a fita permanecer guardada e todos os nós em perfeito estado, estará garantida a fidelidade de seu cônjuge.

Para torna-se notado por alguém
Pegue um espelho, desses que as mulheres carregam nas bolsas. Consiga uma foto sua e coloque embaixo do espelho. Sobre o espelho, coloque uma foto da pessoa por quem deseja ser notado (a). Assim, o espelho deve ficar entre as duas fotos. Envolva tudo em um pedaço de seda ou algodão vermelho e amarre muito bem com fita ou lã cor-de-rosa. Leve este embrulho à casa da pessoa que você deseja deixe lá, em um lugar onde não possa ser descoberto. Pode colocá-lo no jardim ou em um vaso, por exemplo. Caso seja impossível fazer isso, providencie um patuá branco, onde o embrulho deve ser colocado e guarde-o consigo.

Acendendo o fogo da Paixão

Na lua cheia, faça um circulo de 54 cm de diâmetro com sete pedras, em um lugar aberto. Faça uma pequena fogueira no meio do círculo formado pelas pedras. Acenda o fogo e pegue um pedaço de madeira pequeno, no qual deve ser escrito o nome da pessoa amada. O pedaço de madeira ficará atravessado no meio do fogo, no sentido Leste-Oeste. Comece a observar o fogo, limpando de sua mente todos os pensamentos que não tenham relação com a pessoa amada. Imagine que o amor de vocês dois está crescendo. Quando metade da madeira já tiver sido consumida pelo fogo, salpique um pouco de açúcar sobre o mesmo. Repita isso por mais seis vezes, sempre pronunciando o nome dele(a). Deixe que a madeira acabe de queimar. Quando o fogo acabar, e não existirem mais fagulhas, jogue água limpa em cima de tudo.

Textos do livro Magia Cigana para o Amor – De Sibylla Rhudana

Cigano Ramirez

Na infinita constelação cigana existe uma estrela que, para mim, brilha diferente das demais, é o Cigano Ramirez que me acompanha, me irradia e me orienta com sua luz. Ele está comigo desde outras jornadas, pois aqui nesta passagem terrena, “apenas” nos reencontramos para juntos darmos seguimento com nossa humilde missão. Tentarei descrevê-lo da melhor forma possível para honrar a sua constante presença ao meu lado.
Ramirez é um lindo cigano de pele clara, cabelos negros, olhos castanhos e porte altivo. Apresenta-se de blusa verde, no entanto sua roupa preferida é calça e blusa brancas com uma faixa lilás ou vermelha na cintura. Por vezes, usa na cabeça um lenço na mesma cor da faixa; calça sandálias de couro, nada de botas. É elegante, vaidoso, e por isso tem que ter por perto um espelho. Usa sempre uma argola dourada na orelha esquerda, uma corrente no pescoço com uma medalha cujo desenho é de uma estrela. No braço esquerdo tem uma pulseira também dourada e nos dedos vários anéis no qual o de pedra lilás se sobressai.

Adora perfume com essência de madeira, pede que eu borrife no ambiente quando ele está presente. Seus adornos podem ser de cor dourada e prata, não gosta e nem aceita oferendas acobreadas. Seu dia da semana é o sábado e as velas para agradá-lo podem ser lilás, rosa ou branca, nessa ordem. Ramirez gosta de frutas diversas e de sucos de maracujá, acerola e morango; detesta bebida alcoólica, cigarro ou cachimbo. Aparenta ter por volta de 35 anos, é serio e tranquilo, não é chegado às festas, à dança, nem à música. Tem grande afinidade com os animais, principalmente com os cavalos que ele sente prazer em montá-los. A natureza é sua maior amiga, pois é dela que obtém suas forças para trabalhar e ajudar ao próximo. Ramirez é um líder nato e todos os ciganos que estão sob seu comando costumam temê-lo e respeitá-lo.

Este cigano só faz magias com ervas, flores e rosas, tais como chás, infusões e banhos. Trabalha com a limpeza da aura retirando todas as negatividades que atrapalham os caminhos de quem ele cuida. Seja no amor, nas finanças ou na saúde, quando a causa das anomalias são espirituais o Cigano Ramirez logo detecta e se dispõe a tratar. Não é devoto de Santa Sara Kali, mas respeita e admira o credo dos demais ciganos. Sua fé é em Deus e costuma fazer e receber orações. Tem ciúmes de suas protegidas, chegando a ser um pouco possessivo. Não tem afinidade com baralhos e gosta de jogar dados como entretenimento, jamais para ler a sorte. Para prever o futuro Ramirez faz leitura de mão e às vezes usa runas.


Salve o Cigano Ramirez!
  • Valéria Fernandes

Cigana Esmeralda

Cigana Esmeralda
Cigana bonitada de pele morena
com seu cabelo comprido e sua boca vermelha
envolve com sua dança e fascina com sua voz
Sentada à beira da fogueira
com uma taça de vinho na mão
A cigana descansa para logo dançar

Linda e faceira, rodopia sua saia
balançando seu lenço e balançando seu xale
Com muita sabedoria, ela lê sua mão
Com sinceridade diz a verdade
Bela cigana dos olhos de esmeralda
Lê sua sorte por amor e com amor
Enche de vida seu caminho
Pode abrir ou fechar
As portas do destino
Sua estrada é trilhada com fé,
sabedoria
Amor e muita alegria
Cigana Esmeralda
Um ponto de luz no caminho!
  • Tela de Leila Ullmann
Desconheço a autoria do poema

Prece ao Cigano Wladimir

Ó glorioso e poderoso Cigano Wladimir, neste instante,
é com o meu coração cheio da mais profunda fé,
que me dirijo ao teu luminoso espírito,
que tem poder e forças entre todas as entidades
ciganas que hoje,
como estrelas brilhando no infinito,
são entidades que por misericórdia nos assistem em
nossas aflições.
Em particular a ti, peço, querido Cigano Wladimir, que
me ampares, com teu coração bondoso,
jamais deixando que eu venha a cair
sob o impulso das provas desta vida;
protege meu corpo, livrando-o das doenças;
protege o meu coração,
não deixando nunca que nele se abrigue o ódio;
protege minha mente, para que ela seja sempre abrigo
de pensamentos positivos e de força;

protege minha família, protege meus caminhos,
livrando-me dos inimigos da Terra e do espaço.
Por todo bem que sei que fazes,
Por todos aqueles que depositam fé incondicional em ti,
é que peço à Santa Sara, a padroeira universal dos Ciganos,
Que encha teu espírito de luz, força e poder,
para que estejas sempre pronto a atender seus filhos,
aos teus seguidores...
E a Deus, nosso Pai maior, peço que tome nos braços
Este filho tão querido que és e, ao lado dele,
Jamais esqueça de nós,
Ó glorioso e bondoso Cigano Wladimir!

Amém.

Cigano Áramis

Na terça-feira passada recebi um e-mail que muito me honrou, mas que também me deixou deveras surpreendida. A mensagem veio de São Paulo e se dignava a parabenizar meu trabalho no Vida Cigana, porém o inesperado se deu por conta da assinatura: Rodrigo Valenzuela Fernandes, um cigano de sangue Calé e Calderash.

Ao fazer sua apresentação a mim, Rodrigo disse que este era seu nome de documentação, mas que na comunidade atendia igualmente por Ramires ou Áramis. Fizemos contato dias seguidos e logo nosso sobrenome incomum (Fernandes) tornou-se um de nossos assuntos. Áramis, como passei a chamá-lo, havia me perguntado se eu era cigana: “Tu san romi asau ?", ou seja, “você é cigana também?” Disse-lhe que só de alma, foi quando ele relatou que, por tudo que leu de mim e com o aval do “Fernandes”, não tinha dúvida de meu sangue ser cigano. Contou-me que “Fernandes é um dos sobrenomes mais comuns entre os Calons, taxeiros e de acampamentos...” Lançou-me uma indagação afirmativa: olhe os fatos... de onde vem tudo que você sente? É prima!”.

Com ou sem sangue cigano, amo essa cultura que tanto me engrandece, e nas minhas peregrinações na internet, três dias após o primeiro contato como Áramis, encontrei esta tela de Maria do Carmo da Hora no qual a mesma diz retratar a cigana Carmecita e o cigano Áramis. Fiquei pasma ao ver a imagem de um cigano com o mesmo nome e com vestimentas tão parecidas com a de meu novo amigo (já tive oportunidade de várias fotos dele e de seu povo). Coincidência? Não tenho resposta!

Rodrigo Valenzuela Fernandes (Áramis), é casado, tem filhos e se dispôs juntamente com Jovanka, sua esposa, a contar um pouco de sua vida e cultura aqui no blog, “visando sempre o esclarecimento de dúvidas, a divulgação da cultura e quebra de objeções e preconceitos...”.
Opachá!
  • Valéria Fernandes
Detalhe de uma tela de Maria do Carmo da Hora

Carta Cigana - O Cavaleiro

O Cavaleiro é uma excelente carta para refletirmos sobre o fazer e o não fazer. A figura por si remete à ação, à coragem, e se bem prestarmos atenção, atenta para os potenciais e para a capacidade que temos de escrevermos nossa própria história em comum acordo com o nosso Eu maior. Pois, ao sermos guiados por esta lâmina, o estado de imobilidade deixa de existir, passamos assim a cavalgar em nossa própria existência, em busca de reavermos os sonhos e os desejos que, por vezes, entregamos descuidadamente ao acaso.
Pensando na carta enquanto Mensageiro como também é denominada, que sejamos nós mesmos a nos enviar a mensagem adormecida que tanto precisa chegar ao Eu consciente para que o crescimento individual possa de fato se concretizar.

O Cavaleiro ou O Mensageiro é uma figura de dinamismo, de iniciativas, portanto, insinua que temos as rédeas em mãos, e que a boa vontade de nos lançarmos ao mundo deva ser maior que a covardia que tenta nos amedrontar. Esqueçamos as críticas destrutivas, os caminhos que tiveram tropeços, e pulemos de cabeça erguida os obstáculos que estão ao nosso alcance.

Nem retas, nem círculos precisam virar metas, apenas é necessário cedermos espaço para o livre cavalgar!

Um excelente mês para todos!
Valéria Fernandes
Carta O Cavaleiro do Mystical Lenormand

Cigana Tainara

Por mais gratificante que seja meu trabalho com Os Ciganos e com o Tarô, há momentos em que o cansaço físico fala mais alto, desequilibrando minha energia vital. Ao reconhecer tais sintomas, logo dou uma longa pausa e evito fazer canalizações, mesmo que sejam para atender as solicitações de clientes; e desta forma pretendia agir mais uma vez. Mas como tudo na vida tem um “porém”, comigo não foi diferente. Estava no MSN conversando com uma ex-aluna minha que se tornou uma grande amiga, e falávamos da postagem de hoje para o blog, foi quando decidi canalizar. Chris, minha querida amiga, disse: "- Ah, canaliza para o amor, vai!” Rimos de sua aberta insinuação e não prometi o que faria por não ter idéia do que estaria por vir.

Uma hora depois da conversa comecei a olhar algumas gravuras ciganas e, sem esperar, senti o rubi que a Cigana Tainara usa em sua testa brilhar aos meus olhos e pensei alto: “- Ela vai dá seu recado”; dito e feito. Comecei a sentir a presença de Tainara que não veio pra falar do tipo de amor que anteriormente foi sugerido, e sim de como devemos nos doar ao próximo; o amor maior que há no âmago de todo ser humano. Ternamente ela disse que mais grandioso que os laços afetivos amorosos, fraternais com familiares e amigos que já temos afinidades e até com as divindades, é a entrega de sentimentos sem que sejam necessários vínculos íntimos para fazê-lo. Exprimia o doar por doar sem esperar retorno! A Cigana Tainara falava brandamente de como o mundo atual se tornou repleto de individualidade, nos quais todos desejam tirar vantagens das situações, e da falta do carinho e das gentilezas que deveríamos cultivar em nosso dia-a-dia. “-E o amor ao próximo, onde fica?”, indagou Tainara em seu relato. Disse-me que a melhor magia que poderia indicar neste momento era o encanto da atenção nos pequenos gestos que estão ao nosso alcance para como os irmãos na Terra. Percebi uma pontada de indignação da Cigana em meio a sua ternura, não ousei a contestar.

Confesso que fiquei satisfeita e intrigada com os conselhos de Tainara, pois durante minha conversa com a Chris, esse foi um dos assuntos que abordamos e discorremos empolgadamente. E até agora estou me perguntando: Será que a Cigana Tainara deu sua mensagem porque minha amiga e eu dizíamos que mais pessoas deveriam agir generosamente? Mistérios, Mistérios Ciganos! O meu cansaço foi magicamente diluído e me senti revigora ao entrar em frequência com um coração tão nobre e desprendido deste espírito de luz. A Cigana prometeu que em outra oportunidade falaria do amor romântico e de seus feitiços.
Mensagem canalizada por mim através da “Minha Cigana” no dia 19 de junho de 2009.
  • Valéria Fernandes

Carta Cigana O Rato

Quem tem um Baralho Cigano ou costuma se consultar com determinada freqüência sabe que a carta 23 - O Rato, bem além de indicar roubo, furto, tristeza, culpa ou decepção, assinala um período de desgaste de energia pessoal. Há baralhos cuja denominação da lâmina é exatamente O Desgaste. A carta O Rato é tida como de extrema negatividade, mas para mim serve, sobretudo de alerta.
A aparição do Rato pode ser vista como um aviso de que estamos sendo vítimas de pessoas que desejam nos sugar, seja no nível material, intelectual ou espiritual; o conhecido “vampirismo”.

É comum determos o conhecimento de alguma coisa e muitos, muitos indivíduos desejarem sugar nossa energia ao mesmo tempo, querendo, por exemplo, conhecer em profundidade a maneira que tratamos nossos assuntos íntimos e pessoais. Por vezes não é intencional por parte do “curioso”, mas quando o fazem suas incansáveis indagações, carregam parte da vitalidade que nos é necessária para terminar o dia em bom equilíbrio energético. Outro fator que nos desgasta bastante é o trabalho de cunho espiritual; posto esta ser uma tarefa bem árdua antes de chegar ao seu final. Incorporar, canalizar, abrir cartas ciganas para si ou para terceiros e atitudes afins, requerem preparação prévia e pós trabalho, sob o risco das vibrações indevidas ficarem recorrentes em volta de nós sem o adequado direcionamento. São as chamadas “energias estáticas”. E é o Rato que aponta todas essas situações para que possamos no precaver ou nos limparmos, isso de acordo com a vivência de cada um e com as cartas relacionadas.
A “simples” desorganização de uma bolsa, de uma gaveta, de um armário ou de qualquer ambiente que passamos muito tempo, também nos leva a confusão mental e nos faz consumir muita energia desnecessária. Com o surgimento desse Roedor somos avisados para que a devida organização seja feita, evitando que alimentemos a bagunça emocional, visto estarmos em eterna sintonia com o que nos acompanha e com o meio no qual estamos inseridos.
Portanto, não devemos temer o surgimento do Rato em uma tiragem, ele apenas quer passar “seu recado” de que é hora de nos protegermos das influências externas e internas, geradas por outrem ou pela ausência de cuidados de nossa parte.
  • Valéria Fernandes

Tela de Maria do Carmo da Hora

Cigana Luzia

De cabelos negros, volumosos e com uma franja no limiar de suas sobrancelhas, a Cigana Luzia é distinguida por se vestir de vermelho e com algum toque em cor azul-marinho em seus trajes. Suas bijuterias são muitas e nada discretas, já na cintura costuma usar um cinto de moedas douradas ou um lenço triangular amarelo sem estampas e amarrado na diagonal. Todos os tons que ela usa tem um motivo específico legitimado por suas crenças ou superstições.

Contou-me que para ela o vermelho simboliza a força do sexo feminino, o azul-marinho se refere às atitudes firmes do sexo masculino, e o amarelo atrai a luz solar que não permite segredos entre um casal. Disse-me ainda que ao fazer o uso dessas três cores no cotidiano atrairá o equilíbrio amoroso para si. Esta cigana gosta de fazer seu feitiços para reatar relacionamento ou unir casais que anteriormente tiveram uma vida em comum, estes que acontecem em dois rituais distintos para o mesmo fim: um sob a benção do Sol e o outro sob a influência da Lua. A Cigana Luzia se compadece dos casais apaixonados que se dispersam por falta de segurança e confiança dentro da relação, e por este motivo se volta principalmente para este fim. Rejeita ajudar pessoas que não são fieis com seus parceiros e recusa oferendas das mesmas sem o menor pudor. Gosta de receber orações sem que estas sejam decoradas, e suas velas devem ser acesas em 3 com as combinações das tonalidades já citadas. Suas frutas prediletas são as secas e sua bebida é a champanhe.

Luzia dá a dica para que se use o “trio cromático” indicado por ela através de objetos juntos em casa para aproximar a harmonia necessária à estabilidade e evitar que o casal sofra eventuais inconstâncias.
Valéria FernandesMensagem canalizada por mim através da “Minha Cigana” no dia 28 de junho de 2009.

Cigana Dália

Pele resplandecente e bem maquiada, cabelos negros que aderem aos sutis movimentos, semblante festivo e muitos adornos em cor dourada parecem conduzir esta linda cigana a desfilar pelas veredas de seu clã, com quem atrai para si os olhares de que desejar. Sua maneira instintiva de puxar a saia rodada, assim como a forma que segura a taça com a mão esquerda, são dicas de que ela que esteja em pleno bailado entre tendas que se instalaram mansamente em solos passageiros como é de costume dos ciganos.




Em parte o que descrevi é verdade, mas por outro lado, foi mera suposição do meu hábito de ler imagens simbolicamente fechar tão precipitadamente uma conclusão. Percebi que havia algo mais e passei a sentir a presença desta simpática e acolhedora cigana mais fortemente. Começamos a nos comunicar quando ela me disse que seu nome é Dália, que gosta de cantar e de dançar, mas que em sua retratação terrena não está em festa, e sim dentro de um vagão fazendo Leitura da Sorte por meio de uma taça com água. Disse-me que fala de tudo um pouco a quem por ela procura em virtude de sua vidência desde menina, e que quando o assunto trata das finanças, é sempre um bom desafio abrir os caminhos daqueles que sentem dificuldade em se estabelecer. Deu duas dicas para atrair trabalho e bons negócios: tomar quatro semanas seguidas banhos de com 3 paus de canela e 7 folhas de louro e carregar sempre 7 grãos de milho, 7 grãos de arroz e 3 moedas douradas em um saquinho amarelo acetinado. Para agradar a Cigana Dália pode-se firmar velas amarelas e brancas como também ofertá-la flores do campo e frutas diversas.

  • Valéria Fernandes
    Mensagem canalizada por mim através da “Minha Cigana” no dia 8 de julho de 2009.


  • Tela de Maria do Carmo da Hora

Cigana Lella


A Cigana Lella é uma mentora espiritual pela qual sempre tive muita simpatia simplesmente pelo fato de admirar sua imagem durante um período aproximado de dois anos, e ao sentir periodicamente suas vibrações energéticas quando eu me colocava a sua frente. Ela foi retratada pela pintora mediúnica Rosa Teubl e atua na aura das pessoas sensitivas que trabalham com oráculos, principalmente quando se trata de Tarô e de Cartas Ciganas.

Surpreendentemente, Lella apareceu em meus sonhos esses dias, sendo mais precisa, na madrugada de quinta para sexta desta semana que findou. Não surgiu em meio às nuvens como uma aparição envolta em mistérios e enigmas, e sim de forma suave e delicada para me dar alguns “recados” enquanto se sentava bem de mansinho em minha cama. Ao vê-la, pressenti de imediato um dos assuntos (que seria um trabalho que faria na manhã do dia seguinte), e não deu outra, foi exatamente o que ela logo me falou. A Cigana Lella disse-me “quase” tudo que iria acontecer e até me advertiu para um possível contratempo com uma “máquina dos tempos modernos” (que não ocorreu por eu já me encontrar avisada), só não me disse o quão magnífico seria a experiência vivida por mim e por quem me rodeava; tive que descobrir ali, experimentando minuto a minuto. Muita atenta como quem está acordada, dava-lhe toda atenção que podia e, acanhadamente pedi-lhe sua benção que me foi dada em pleno sono. Houve mais duas revelações íntimas em nossa conversa, e cada momento eu me sentia mais agraciada com a presença da Mentora. Desconheço os motivos de merecimento para receber tão nobre visita, mas agradeço de coração a Cigana Lella por sua doçura e meiguice, e evidentemente, por seus cuidados para comigo.

Ao acordar, ainda meio que maravilhada com os sonhos noturnos, a primeira coisa que pensei foi que os sentimentos puros não precisam ser arrebatadores e obrigatoriamente nos deixar em estado de êxtase, precisam, sobretudo, de serem embasados na simples sinceridade que vem do coração.
  • Valéria Fernandes

Carta 20 - O Jardim

Carta 20 - O Jardim
A família é representada por um jardim. Pertence ao naipe de Espadas, está ligada ao elemento Ar e seu plano de existência é a mente, o intelecto. Esta carta simboliza a educação, as normas, as regras, o respeito ao próximo. O Jardim leva você a refletir sobre suas ações, avisando que a paz que tanto procura entre seus familiares, parentes e amigos muito chegados, também depende de você mesmo. Aqueles que forem iguais às flores e plantas que lhe agradam, como tais devem ser cultivados. Ao passo que aqueles que forem como ervas daninhas no jardim da sua vida, devem ser cortados. Afaste-se sem criar problemas, se isto se fizer necessário, e assim encontrará o entendimento que precisa com a família e os amigos.


Extraído do livro Tarô – A Magia dos Ciganos – De Naldo Oliveira

Cigano Valter

Este cigano tem sido erroneamente propagado com outros nomes, e em seu afável contato comigo, manifestou sua profunda tristeza e decepção com aqueles que o chamam de Igor, Pablo, Vladimir e outras falsas designações. Na verdade seu nome é Valter e é um doce cigano que gosta de fazer suas magias em noite de Lua Cheia. Em seus trabalhos espirituais o Cigano Valter abre os caminhos fechados de quem o solicita; limpa a aura de toda inveja e mal-olhado, carregando de boas energias e dando sua proteção a quem por ele clamar. No campo amoroso, este Cigano faz magias com ervas para unir casais que se separaram e devem continuar juntos. Também defende as pessoas que são humilhadas e ofendidas injustamente nesta passagem pela Terra.
No caso de duas pessoas ou mais se juntarem para lhe render homenagens, o resultado de seu empenho é ainda mais rápido. Valter é um cigano sensível e amoroso, mas fica uma fera quando seus protegidos são caluniados. Jamais deve ser solicitado sem que haja uma causa verdadeira para ele defender. Recebe as suas oferendas tanto por águas como por terra, que podem ser entregues nos mares, rios, bosques ou jardins. Para agradá-lo deve-se ofertar rosas e velas vermelhas, vinho branco e frutas diversas, além de um par de alianças douradas quando seu encantamento for pro amor. Nunca se deve acender vela para o Cigano Valter dentro de casa, nunca! Em casos de urgência a vela pode ser acesa no quintal, na varanda ou no jardim, mas com a condição que tenha uma rosa vermelha à esquerda e um copo ou uma taça de água potável à direita.

Mensagem canalizada por mim através das Cartas Ciganas no dia 18 de maio de 2009.
  • Valéria Fernandes
Gravura de Rosa Teubl

Signos e Oferendas Ciganas

Faça uma oferenda ao cigano ou cigana ligado ao seu signo, no dia indicado e utilizando o material correspondente ao seu signo, conforme mostra a relação a seguir. Entregue a oferenda sob uma árvore frondosa, e faça seu pedido.
Áries (Punhal)
Dia: Segunda-Feira
Cigana: Íris
Material: uma vela vermelha, uma maça vermelha, 1 rosa vermelha.

Touro (Coroa)
Dia: Quinta-Feira
Cigano: Tarim
Material: 1 vela verde, 1 abacate, 1 galho de arruda.

Gêmeos (Candeias)Dia: Terça-Feira
Cigano: Ramires
Material: 1 vela azul, 1 melão, um galho de amoeira.

Câncer (Roda)Dia: Quarta-Feira
Cigana: Wlanira
Material: 1 vela verde-clara, 1 pêra, 1 rosa branca.

Leão (Estrela)Dia: Domingo
Cigana: Sulamita
Material: 1 vela amarela, 1 pêra, 1 rosa amarela.

Virgem (Sino)Dia: Quinta-Feira
Cigano: Kapistiano
Material: 1 vela verde, 1 mamão, 1 galho de manjericão.

Libra (Moeda)
Dia: Quarta-Feira
Cigana: Katiana
Material: 1 vela cor-de-rosa, 1 pêssego, 1 rosa cor-de-rosa.

Escorpião (Adaga)Dia: Terça-Feira
Cigano: Pablo
Material: 1 vela azul, 1 melão, 1 cravo branco.

Sagitário (Machado)Dia: Sexta-Feira
Cigano: Nicolas
Material: 1 vela branca, 1 cacho de uvas verdes, 1 lírio branco.

Capricórnio (Ferradura)Dia: Terça-Feira
Cigano: Pedrovik
Material: 1 vela azul-escura, 1 manga, 1 galho de abre-caminho.

Aquário (Taça)Dia: Sábado
Cigana: Iasmim
Material: 1 velas azul-clara, 1 cacho de uva moscatel, 1 rosa branca.
Peixes (Capela)Dia: Segunda-Feira
Cigana: Zingra
Material: 1 vela lilás, 1 maracujá, 1 violeta lilás.

Cigana Maria Dolores

Maria Dolores tem olhar esverdeado e fugidio, mas de extrema sinceridade e meiguice em uma proximidade mais íntima. Vermelho e dourado são suas cores de coração, visto se agradar com os mais variados tons. Suas magias são feitas na rua e à noite, com a aprovação e a cumplicidade do luar. Gosta de receber oferendas pra se enfeitar; tais como brincos, colares, pulseiras, xales, lenços coloridos e batons. Também não dispensa um bom vinho tinto para tomar entre amigos em calorosas celebrações pela vida. Gosta de música, é alegre e festeira, porém discreta e misteriosa quando o assunto é sobre o anel que carrega na mão esquerda; já que este guarda um segredo que não se pode revelar.



A cigana Maria Dolores trabalha para unir casais, retirando todos os obstáculos dos caminhos de quem por ela chamar, inclusive à distância - um dos maiores empecilhos para os muitos e muitos corações apaixonados. Todavia, se não houver amor entre as partes, ela não aceita intervir na união. Quando vê perigo nos caminhos de seus protegidos, Maria Dolores convida um Cigano Espiritual de sua confiança para ajudá-la a criar uma sólida corrente energética que impeça o mal de chegar a quem está sob os seus cuidados. Para afastar a inveja e o mal-olhado, esta Cigana sempre aconselha que as pessoas carreguem um amuleto de Trevo.


Mensagem canalizada por mim através das Cartas Ciganas no dia 22 de maio de 2009.
  • Valéria Fernandes

Pintura de Maria do Carmo da Hora

Cigano Dorim

Durante sua passagem pela Terra, dedicou-se a praticar o bem e ajudar seu povo cigano. Ele era apaixonado pela música, nunca dispensava seu violino. Este cigano tem porte de príncipe e andar elegante. Quando o Cigano Dorim está incorporado, começa seus trabalhos espirituais fazendo uma louvação:
"A música nos faz viver e lutar.
Melhor que reviver o passadoe viver o presente,
é não se preocupar com o futuro porque as estrelas,
pontos luminosos no céu,se encarregam de avisar a hora certa,
para onde ir, chegar e partir.
Sou cigano,
já percorri várias estradas com variadas cores.
Sou encanto. Sou do passado e do presente.
O futuro, só ao Deus do Infinito pertence."

Habitualmente, nesse momento uma mulher se aproxima de Dorim e entrega-lhe uma rosa vermelha. O cigano olha a mulher e, com um lindo sorriso de agradecimento, diz: "É uma rosa com carinho para um cigano de vários amores. Mas neste momento, mulher da rosa vermelha, o meu olhar de carinho é somente seu." Beija a rosa e devolve-a à mulher, que entrega ao cigano seu inseparável violino. Dorim começa a tocar o instrumento, ao mesmo tempo em que canta, com voz terna e apaixonante.
"Sou cigano andarilho, sou do mundo e do espaço.
Cheguei para alegrar os que sofrem de amor.
Com meu amor,
eu retiro de seu corações sofridos a raiva e o rancor
que eles aprenderam a conhecer no planeta Terra.
Música, muita música,
de paixão e consolo para corações tristes, eu vou cantar.
Vamos esquecer o passado.
Vamos viver o presente,
na esperança de que o futuro seja mais alegre que o amor
e ardente de paixão como aquela rosa vermelha.”


Trechos do livro Como Descobrir e Cuidas dos Ciganos dos seus Caminhos – De Ana da Cigana Natasha

Banhos Encantados

Os banhos de flores, de ervas e de folhas são encantamentos aparamente simples, porém muito poderosos na cosmovisão do povo cigano. Trata-se de práticas ritualísticas que os acompanha durante séculos e séculos, e que têm valor energético de surpreendente importância; principalmente quando são acrescidos de essências também naturais. Estes desempenham o papel purificador do corpo e da alma, sempre de acordo com seu intento. O ideal é tomá-los a partir da vibração de um cigano (a) - pois ele (a) “diagnosticará” o que deve ser limpo e cortado na vida de quem o solicita, para assim ter um futuro livre dos males invisíveis.
Minha Cigana” ensina um Banho Encantado que qualquer pessoa pode tomar para retirar a negatividade e limpar a aura da inveja e más influências, atraindo a positividade e fechando os campos energéticos suscetíveis aos olhares alheios.
Material e Preparação
- 21 dentes de cravo
- 3 punhados de erva-doce
- 3 pauzinhos de canela
Dentro de 1 litro e meio de água, coloque os 21 dentes de cravo sem seu pequeno “caule”, acrescente os 3 punhados de erva-doce e os 3 paus de canela. Deixe-os ferver e mantenha a infusão abafada por algumas horas até que o banho seja devidamente magnetizado após a fervura. Passado o tempo necessário é só tomá-lo. Mas antes, é preciso tomar um banho normal para abrir passagem para o encantamento.
Atenção: os resíduos do banho não devem ser jogados ao lixo, e sim deixados perto de uma árvore ou planta, seja de seu quintal, de seu jardim ou de algum lugar fora de casa arborizado.
  • Valéria Fernandes

Lady Cigana

Ao ver esta Lady Cigana meu coração disparou, tamanha foi à vibração que ela me transmitiu sem que ao menos eu tivesse tempo de me preparar para entrar em contato com sua energia. Olhei rapidamente quem a retratou, e pude distinguir num breve olhar a assinatura de Andrea Corbett; uma jovem ilustradora norte-americana. Tentei relaxar, tarefa quase impossível de fazê-la diante de rara expressão, e fui abrindo margem para a Cigana me "passar o lenço", contando assim, o que poderia saber sobre esta Dama.
Ela se chama Kim, mas é conhecida como Lady Cigana - a Dama das ruas, das estradas e da justiça kármica. Aparenta ser bem mais velha do que é, no entanto, deixou a Terra aos 32 anos, vítima de uma doença sexualmente transmitida. Seu tampão no olho é sua marca de vida e de luta, visto ter perdido a visão direita em uma briga com os homens de farda na defesa do povo cigano. Quando solicitada é preciso preparar-lhe um belo assento aveludado ou acetinado, pois como seu codinome diz, é uma Lady e deseja ser tratada com reverência e respeito.
Faz atendimento na rua, e quem a incorpora deve atender todos os seus caprichos, caso contrário ela cala ou não dá informações coerentes. Lady Cigana foi muito uma mulher muito desejada; os ciganos e os não-ciganos se rendiam aos seus encantos, porém, ela não quer ser agradada com colares, brincos, lenços finos ou xales de renda; sua preferência é por cigarros fortes, bebidas amargas e tamancos de madeira sem sola. Vez por outra ela pede um lenço estampado sem exigir bom material, e velas coloridas, sendo a maioria delas amarela. Em todos os seus trabalhos ela pede um tampão preto para o olho e, segundo a Lady, é neste tampão que reside sua magia. Seus encantamentos são direcionados unicamente para mulheres que buscam o amor, e pode ser considerada como uma guardiã dos relacionamentos de quem ela unir e abençoar. Também protege as prostitutas, por quem nutre um carinho especial. Logo quando chega, de forma rude, por vezes grosseira, adverte a mulher que a consulta sobre o lado negativo de seu parceiro. Em sua passagem terrena, a Dama Cigana não conseguiu ser feliz com a pessoa amada.

Mensagem canalizada por mim através da "Minha Cigana" no dia 1 de junho de 2009
Valéria Fernandes

Cigana Melissa

Dia claro, o céu sem nuvens, e o sol a realçar a aura da linda cigana de olhos e cabelos de mel. O dourado de seus adornos, combinados como o brilho de seu olhar, fizeram-me frear um o que parecia ser uma calorosa recepção de minha parte. Fiquei extasiada ao vê-la ao meu lado, exalando fragrâncias de flores e de ervas; um odor agradabilíssimo, porém misto demais aos meus sentidos. Nesta hora me dei conta que não era ela quem estava ao meu lado, ao contrário, estava eu inserida naquele magnífico cenário natural de águas límpidas e terras férteis. Ainda atordoada, como quem acaba de ter um sonho confuso, comecei a indagar-lhe sobre os remotos acontecimentos, e muito mansamente a ciganinha de lenço laranja na cintura e com uma cestinha de vime com flores, tranquilizava-me com seu brando sorriso. Fui me familiarizando com as últimas ocorrências e entreguei-me de corpo e a alma a tal vivência. Começamos a conversar e a bela jovem disse-me que se chamava Melissa e que eu já deveria conhecê-la. Minha mente que parecia calma começou a rodopiar em pensamentos diversos. Queria eu saber de onde poderia tê-la visto, mas na minha memória nada ocorria. Neste instante a Cigana Melissa passou sua mão delicadamente em meu rosto e disse-me: “- Na hora que você voltar ao corpo vai saber quem sou, aí, quem fará a próxima visita serei eu.”



Literalmente acordei, pois dormia em minha cama e deduzi que foi um lindo sonho que os ciganos encantados inspiraram-me. Porém, a inquietude da forte presença daquela perfumada cigana não deixou-me descansar; daí vim para o computador pesquisar sobre uma cigana chamada Melissa. Coloquei no GoglleCigana Melissa”; páginas e páginas se abriram e nada de aparecer algo parecido com o sonho/visão que tive. Ansiosa, angustiada e ainda um tanto desnorteada, lembrei-me das pinturas de Maria do Carmo da Hora de quem sou fã e fui direto em sua galeria. Chegando lá, percorri o Flogão e trêmula, quase desmaio ao ver a imagem de Melissa datada de 06/05/2008. Não tenho a mínima idéia de como nunca vi antes esta “pintura”, pois desde que criei o Vida Cigana as telas de Maria do Carmo são constantes em minhas postagens. Passei horas contemplando a imagem da Cigana Melissa e tentando compreender o incompreensível. Os dias foram se passando até que chegou o momento em que fui visitada por ela. Minha alegria foi indescritível, e para selar nossa amizade, Melissa contou-me um pouco de sua passagem pela Terra e de suas magias com ervas e espelhos, mas nada anotei; e se preciso for, posso reproduzir cada pequeno detalhe das magníficas impressões que esta cigana me passou naquela ocasião.

Este acontecimento se deu há cinco meses, e atualmente Melissa surge em minhas canalizações, em plena harmonia com os ciganos que me assistem.

Em oportunidade adequada postarei um dos encantamentos da Cigana Melissa, bem como falarei sobre sua vida terrena.

Experiência vivida por mim por intermédio da “Minha Cigana”. 

Valéria Fernandes

Pintura de Maria do Carmo da Hora